sábado, 22 de julho de 2017

airnbd









já não há para onde fugir. olho para dentro de mim e não caibo, olho para fora e não me enquadro. recuso ver o que vejo e amordaço o que sinto. 
percorro o airnbd, em vão. 
acabo por me aninhar no sofá ouvindo o som dos carros na rua. gostava de conseguir enrolar-me como os cães e esconder o focinho debaixo da coxa traseira. a vida é cada vez mais um vestido apertado com a etiqueta a picar no pescoço.