quinta-feira, 1 de setembro de 2016

talvez um dia venhas e partilhes comigo este silêncio














a casa está vazia.
ouço o silêncio como quem trinca melancia em dia quente de verão.
respiro o ar frio da noite.
o peito treme por dentro, de prazer.
culpam-me por gostar tanto disto, de ser assim, só. é um insulto, uma bofetada, à ordem natural da vida, insistem.
no fundo, eu espero-te. 
espero-te porque nunca virás.