quinta-feira, 28 de setembro de 2017

terça-feira, 26 de setembro de 2017

sobre ele










ele é assim como a chuva mansa que cai amaciando levemente a aridez da sedenta planície.











segunda-feira, 18 de setembro de 2017

sobre esquecer







poderia até abrir mão deste amor, esquecer. 
mas o que me ficaria de todo o tempo em que vivi nele? 
o que seria das margens que definem esta capacidade, há tanto esquecida, de amar, por o ter amado? 
o que seria da memória da pele, desperta, pela palavra? 
o que seria de tudo o que eu poderia ter sido?















chuva







as gotas de chuva tremeluziam, suspensas no varão da varanda que eu distinguia, de noite, por entre a cortina semi-aberta do quarto.
chove, pensei.
chove... escreveria.
e as minhas reticências tocariam as reticências na resposta dele, num entrelaçar de palavras que estreitavam distâncias. 
e eu deitava-me ao lado dele, sem que ele o soubesse.