terça-feira, 12 de julho de 2016

mesmo que não estejas














estou tão cansada, mas tão cansada, meu amor...mas depois tu chegas e é como se pousar a minha mão no teu peito e inspirar o ar que rodopia mesmo junto à tua pele, e sentir o calor que se solta de ti, mesmo sem te tocar, e saber que tu existes e estás mesmo quando não estás mas tens vontade de estar e só por isso, estás, então, meu amor, refaço-me e o corpo repousa e refresca e regresso a mim, na ideia de ti.












segunda-feira, 11 de julho de 2016

factos












tu és a parte alegre do meu dia.
as pernas fervem, queria mergulhá-las em água fria do mar.
estou cansada.
tu não estás. 
adormeço sentada.
tu não estás.
isto não tem nada de bonito, mas é vida.













domingo, 10 de julho de 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

fica enquanto estiveres










aproximas os lábios do meu ouvido e sussurras poemas que tu mesmo compões. poemas que só são meus porque mos dizes, agora.
ouvir a tua voz é ver o mar pela primeira vez.
a cada vez, a tua voz.
a cada vez, o mar.
a cada vez, a primeira vez.














quinta-feira, 7 de julho de 2016

entrada











entras em mim por caminhos que não são da pele, nem das funduras do corpo.
ficarás, mesmo que partas.





































quarta-feira, 6 de julho de 2016

para se voltares












fecho os olhos e percorro todos os caminhos que fizeram os teus dedos pelo meu corpo.
deixei a pele mapeada, para se voltares. 
encontrarás, onde os deixaste, o arrepio, o calor, o odor a erva fresca, o rio e o murmúrio da água nas areias, aos teus ouvidos.
encontrar-te-ás no espelho do meu olhar, no diálogo da pele.

só então poderei, exausta, repousar, em ti.