memórias de pele
o dia amanheceu ventoso e morno. as gaivotas planam tão rente a mim, parada, a assistir ao nascer do dia, que quase me tocam. prendo o cabelo no cimo da cabeça para sentir o corpo invisível do ar a passear pelo meu pescoço, pelos ombros.
fecho os olhos, inspiro e penso nele. ele não está. nunca estará, mas trago-o tatuado do lado de dentro da pele.