Às vezes sou pequenina e corro para ele, para que agarre a
minha mão trémula para me ajudar a atravessar alguma estrada muito barulhenta,
ou a entrar numa noite muito escura e só e fria.
Às vezes uma só palavra dele basta, para colorir um dia todo
cinzento.
Mas ele assusta-se, talvez porque também ele seja um menino
a disfarçar de pessoa grande, e finge que não me vê, ou não me vê mesmo.