há o tempo do encantamento.
há o tempo em que se têm que unir os corpos.
tu deixaste passar esses tempos todos.
hoje, olhas para mim, e inventas as cores que vês nos meus olhos. tocas o meu corpo na procura de um desejo que já não existe, nele.
tanto te falei do corpo e da pele e da terra e da vida e de sentir.
e tu rias.
falavas-me em gerúndios e eu vivia imperativos.
agora, usas os condicionais, e eu
rindo,
fico pelo pretérito, imperfeito.
o desperdício devia ser pecado capital.